A Arte do Personal Branding: Insights sobre o Cenário Global com Ana Cunha

Na era digital e globalizada, construir uma carreira de impacto exige mais do que competência técnica; é preciso desenvolver uma visão estratégica, adaptar-se a diferentes culturas e, acima de tudo, posicionar-se de forma autêntica. Nossa convidada para a coluna de hoje, Ana Cunha, é uma profissional que reúne esses atributos. Com uma carreira internacional robusta, […]

Na era digital e globalizada, construir uma carreira de impacto exige mais do que competência técnica; é preciso desenvolver uma visão estratégica, adaptar-se a diferentes culturas e, acima de tudo, posicionar-se de forma autêntica. Nossa convidada para a coluna de hoje, Ana Cunha, é uma profissional que reúne esses atributos. Com uma carreira internacional robusta, ela liderou projetos em mercados diversos, como Brasil, Estados Unidos e China, deixando sua marca no marketing global e no desenvolvimento de negócios. Além de atuar em empresas globais e comandar sua própria consultoria por mais de uma década, ela se consolidou como uma referência em personal branding, conectando-se com cerca de 300 mil seguidores nas redes sociais. Direto de Miami, Ana compartilha aprendizados valiosos sobre liderar em um cenário global, tendências em marketing e as mudanças provocadas pela tecnologia, uma conversa enriquecedora para quem busca construir uma carreira ousada e conectada com o mundo.

 

Muito grato por contribuir com nossa coluna de carreira. Você fez formação em Administração de Empresas e Marketing no Brasil antes de construir uma carreira internacional de sucesso. Como foi o processo de decisão para buscar oportunidades profissionais no exterior? E o que norteou a escolha por viver nos Estados Unidos?

Desde muito jovem, eu sentia um desejo profundo de explorar o mundo e me conectar com diferentes culturas. Na juventude, tive a oportunidade de morar na França para aprender um novo idioma e, enquanto estava lá, viajei por diversos países da Europa. Foi nesse período que descobri a riqueza das diferentes culturas e como cada uma delas tem sua própria essência, sua singularidade.

Aprendi que as diferenças não nos afastam, elas nos enriquecem. Cada cultura carrega uma perspectiva única e, quando nos permitimos absorver essa diversidade, expandimos não apenas nosso conhecimento, mas também nossa visão de mundo. Compreendi que queria construir algo em escala global, trabalhar com diferentes mercados, conectar pessoas e criar pontes entre oportunidades e realidades. Ali, nasceu minha paixão por atuar internacionalmente.

Anos depois, a oportunidade de me mudar para os Estados Unidos surgiu quando, na época, eu era casada e meu marido decidiu fazer um MBA. Para mim, foi o momento perfeito, pois já estava preparada para essa experiência e sempre busquei um ambiente onde pudesse crescer profissionalmente em escala global. Os Estados Unidos, sendo o epicentro da inovação e dos negócios, representavam exatamente o cenário que eu buscava; um mercado dinâmico, competitivo e repleto de possibilidades.

Desde então, minha trajetória tem sido pautada pela importância de sermos pontes. Sempre me vi como alguém que conecta culturas, mercados e pessoas. Construí minha carreira com essa mentalidade: criando oportunidades, unindo interesses e transformando conexões em impacto real. Entendi que o verdadeiro valor de um profissional global está na capacidade de construir esses elos entre mundos diferentes.

Além disso, essa decisão também foi impulsionada pelo desejo de ampliar os horizontes dos meus filhos. Sempre quis que eles soubessem que as únicas fronteiras que existem são as que traçamos em nossas mentes porque no mundo real, os sonhos não têm endereço fixo. Eles podem ser construídos e vividos em qualquer lugar.

Porque no final, somos tão grandes quanto nossa capacidade de enxergar além e tão limitados quanto os medos que nos impedem de dar o próximo passo.

Como gosto sempre de dizer: “O mundo pertence a quem tem a coragem de ultrapassar suas próprias fronteiras.”

 

Sua trajetória abrange experiências em marketing global, negócios internacionais e liderança estratégica, com passagens por diversas regiões do mundo. Quais foram os principais aprendizados ao liderar projetos globais em mercados tão distintos como Brasil, Estados Unidos e China?

Cada mercado tem sua dinâmica única, mas há um princípio universal que aprendi liderando projetos globais: o sucesso reside na compreensão profunda das pessoas. Negócios são feitos por pessoas, e entender suas motivações, cultura e forma de se comunicar é a chave para construir estratégias eficazes.

No Brasil, o marketing precisa ser altamente emocional e relacional. As pessoas valorizam conexões autênticas e histórias que ressoem com sua realidade. Nos Estados Unidos, o foco está na objetividade e na entrega de valor tangível—estratégias baseadas em dados e performance são essenciais. Já na China, aprendi a importância da agilidade e adaptação. O mercado chinês opera em uma velocidade impressionante, e a inovação acontece em ciclos muito mais curtos do que no Ocidente.

Além desses mercados, tive a oportunidade de desenvolver estratégias também na Europa, em países como Alemanha e Suíça, onde a abordagem estratégica exige um equilíbrio entre precisão e inovação. A cultura alemã valoriza processos altamente estruturados e eficiência, enquanto na Suíça, a solidez da marca e a reputação são fundamentais para conquistar a confiança do público.

Liderar em ambientes tão distintos me ensinou que a flexibilidade estratégica e a sensibilidade cultural não são diferenciais, mas requisitos para quem deseja impactar mercados globais.

O sucesso em mercados globais não vem de impor uma visão, mas de aprender a enxergar através dos olhos de cada cultura. Adaptar-se não é perder identidade, é expandi-la.”

 

Em sua atuação como Diretora Executiva da Fontes Marketing Consulting por mais de uma década, você ajudou clientes a identificar oportunidades e expandir mercados. Quais mudanças mais significativas você percebeu nas estratégias de marketing durante esse período?

Ao longo deste tempo testemunhei transformações profundas no cenário do marketing global. Quando fundei a empresa, as estratégias predominantes estavam enraizadas na mídia tradicional. Com o avanço acelerado da tecnologia e a digitalização, a maneira como as marcas se conectam com seus públicos-alvo sofreu uma metamorfose significativa.

Sempre fui apaixonada por tecnologia e fascinada por acompanhar as tendências do comportamento do consumidor. Uma das mudanças mais notáveis que observei foi a transição do marketing de interrupção para o marketing de valor. Anteriormente, o objetivo era capturar a atenção do consumidor a qualquer custo. Hoje, o desafio reside em manter essa atenção, cultivando relacionamentos de longo prazo baseados em confiança e autenticidade.

A ascensão do marketing baseado em dados revolucionou a tomada de decisões. As escolhas estratégicas passaram a ser guiadas por análises detalhadas, personalização e previsibilidade comportamental. O que antes dependia exclusivamente da criatividade agora é impulsionado por insights estratégicos e inteligência artificial. A pandemia de COVID-19 não apenas acelerou essas tendências, mas também destacou a importância da agilidade e adaptação. Empresas que já estavam alinhadas com o digital conseguiram se destacar, enquanto outras enfrentaram desafios significativos para se adaptar ao novo normal.

Observando o mercado, ficou evidente que a incapacidade de acompanhar essas evoluções pode ser fatal. Startups ágeis e inovadoras emergiram, superando grandes corporações que não conseguiram se adaptar às novas dinâmicas de mercado e às mudanças no comportamento do consumidor. Aqueles que não abraçaram a transformação digital e não entenderam as novas demandas dos consumidores foram rapidamente ultrapassados.

Acredito firmemente que o futuro do marketing continuará a evoluir nessa direção, buscando um equilíbrio harmonioso entre humanização e tecnologia. As marcas precisarão ser mais do que fornecedoras de produtos ou serviços; deverão ser facilitadoras de experiências significativas e relevantes.

No ritmo acelerado do mundo atual, adaptar-se não é uma opção, mas uma necessidade. As empresas que prosperam são aquelas que antecipam as mudanças e evoluem com elas.

 

Como Marketing Manager na Indústria da Aviação, você tem a missão de liderar estratégias em um mercado altamente competitivo. Quais tendências globais de marketing têm sido essenciais para conectar marcas com seus públicos no setor aéreo?

O setor aéreo é dinâmico, altamente competitivo e profundamente impactado pelas percepções dos clientes. As estratégias de marketing precisam refletir essa realidade, adaptando-se rapidamente às novas exigências do consumidor e ao ambiente digital em constante evolução. Algumas tendências globais são fundamentais para impulsionar a conexão entre marcas e clientes nesse segmento:

Digitalização e personalização: O uso de inteligência artificial e análise de dados permite oferecer experiências customizadas, desde campanhas altamente segmentadas até recomendações sob medida para cada cliente. O passageiro espera que as interações com a marca sejam fluidas, intuitivas e personalizadas, do primeiro contato até o pós-vôo.

Sustentabilidade e transparência: O consumidor moderno valoriza práticas responsáveis e busca empresas que demonstram comprometimento genuíno com a sustentabilidade. No setor de aviação, essa demanda se reflete em iniciativas voltadas para redução de emissões, uso de combustíveis alternativos e práticas operacionais mais ecológicas. Empresas que comunicam isso de forma transparente constroem uma relação de confiança duradoura.

Marketing de experiência: Mais do que um serviço, os clientes buscam experiências diferenciadas. No mercado de aviação executiva e fretamentos, a exclusividade, o conforto e o atendimento personalizado são determinantes para a fidelização. O storytelling e a humanização das campanhas têm um papel essencial na construção de desejo e diferenciação da marca.

O consumidor no controle: o impacto da mídia social: Hoje, as regras do jogo não são mais ditadas pelas empresas, mas pelos próprios clientes. Com o poder da mídia social, cada cliente se tornou um influenciador em potencial. Uma experiência excepcional pode gerar uma publicidade espontânea e positiva, enquanto um serviço abaixo da expectativa pode se tornar um caso viral, impactando diretamente a reputação da empresa. O maior vendedor não é mais o time comercial, mas os próprios clientes. As marcas precisam ter uma abordagem proativa para gerenciar essas interações, garantindo que cada ponto de contato com o cliente seja uma oportunidade de construir e fortalecer sua imagem.

O setor aéreo, como tantos outros, vive a era da hiperconectividade. Hoje, não basta apenas oferecer um bom serviço. É essencial criar experiências memoráveis, construir relações de confiança e manter um diálogo constante com o consumidor.

Gosto sempre de dizer que no mundo digital, cada cliente tem um megafone. Ele pode impulsionar sua marca ou derrubá-la e a decisão está na experiência que você proporciona.

 

Sua atuação em múltiplos mercados trouxe uma perspectiva global valiosa. Quais diferenças culturais mais impactam as estratégias de branding e marketing ao trabalhar com clientes na América Latina, Europa e Estados Unidos?

Atuar em mercados globais exige um profundo entendimento das nuances culturais que moldam a forma como as marcas são percebidas e consumidas. O que funciona em um país pode ser um erro estratégico em outro, e essa sensibilidade cultural é essencial para criar campanhas eficazes e construir marcas fortes.

América Latina: emoção e conexão humana: O consumidor latino-americano valoriza marcas que criam laços emocionais e contam histórias autênticas. Aqui, o marketing precisa ser caloroso, próximo e envolvente. A confiança é construída através da empatia e do relacionamento. Campanhas bem-sucedidas costumam trazer narrativas inspiradoras, referências culturais locais e interações diretas com o público. Além disso, a comunicação visual e a linguagem costumam ser vibrantes, refletindo a energia e a paixão da região. O boca a boca e a influência da família e dos amigos desempenham um papel crucial na decisão de compra.

Estados Unidos: eficiência, clareza e performance: No mercado americano, o foco é a entrega de valor tangível e a eficiência. O consumidor busca informações claras, objetivas e baseadas em fatos. Estratégias orientadas a dados, segmentação avançada e personalização são essenciais para conquistar esse público. O storytelling ainda é importante, mas precisa ser direto e alinhado a benefícios práticos. Além disso, o fator “experiência do usuário” tem um peso significativo—o público espera um serviço ágil, fluído e de alta qualidade, e qualquer falha na jornada do cliente pode impactar a percepção da marca.

Europa: tradição, credibilidade e sofisticação: O consumidor europeu valoriza marcas que combinam tradição e inovação. Há uma forte ênfase na credibilidade, e a construção de confiança leva tempo. Estratégias precisam ter uma abordagem sofisticada, com um equilíbrio entre comunicação racional e conexão emocional. Diferentemente da América Latina, onde campanhas vibrantes e emocionais fazem sucesso, na Europa a sutileza e a sofisticação são mais bem recebidas. Além disso, cada país europeu tem particularidades culturais muito fortes—o que funciona na Alemanha pode não ser tão eficaz na França ou na Itália, tornando a segmentação regional ainda mais crucial.

China e Ásia: velocidade, digitalização e engajamento massivo: Na China e em outros mercados asiáticos, a inovação acontece em ciclos curtos e a adoção de novas tecnologias é extremamente rápida. O digital domina todas as estratégias, e as marcas precisam ser extremamente ágeis para acompanhar tendências. O uso de super apps, como o WeChat, e o comércio ao vivo (live commerce) são tendências que revolucionaram a maneira como os consumidores interagem com produtos e serviços. Além disso, há um forte senso de comunidade e influência social—recomendações de influenciadores e resenhas de usuários têm um peso decisivo nas compras.

Liderar em ambientes tão distintos me ensinou que a flexibilidade estratégica e a sensibilidade cultural não são diferenciais, mas requisitos para quem deseja impactar mercados globais.

O sucesso global não vem de impor uma visão única, mas de ouvir, compreender e falar a língua de cada cultura, não apenas no idioma, mas na essência.

 

Com uma audiência de mais de 325 mil seguidores nas redes sociais, você construiu uma presença digital significativa. Quais desafios enfrentou ao transformar sua própria marca pessoal em um case de sucesso? Quais ações norteiam sua linha como mentora de personal branding?

O maior risco hoje não é não ser bom no que faz, é não saber se posicionar. É ser invisível.

Muitas pessoas me perguntam: “Qual foi o maior desafio que você enfrentou ao construir sua marca pessoal?” E a verdade é que eu não enfrentei desafios porque, desde o primeiro dia, eu fui completamente autêntica. Eu nunca tentei ser como alguém, nunca tentei copiar um modelo de sucesso ou seguir um roteiro pronto. Eu simplesmente decidi compartilhar com o mundo a minha visão, minhas experiências, meu conhecimento e minha trajetória, do jeito mais genuíno possível, sem pretensão alguma de crescer. Acredito piamente que este é o segredo para se construir uma marca pessoal de sucesso.

O maior erro das pessoas ao tentar construir um personal branding é achar que precisam “se moldar” ao que está funcionando para os outros. Personal branding não é sobre parecer, é sobre ser. O maior desafio não é construir uma marca pessoal, é tentar sustentar uma que não reflete quem você realmente é.

Personal branding não é luxo. É sobrevivência.
Seja um CEO, um fundador, um líder de mercado ou um profissional liberal, dentista, arquiteto, designer de interiores, advogado, médico, corretor de imóveis, o seu maior ativo não é seu diploma ou seu escritório. É a sua reputação. E a sua reputação, hoje, é construída online.

O jogo mudou. Antes, as empresas contratavam influenciadores para vender seus produtos. Hoje, as empresas de visão estão criando seus próprios influenciadores dentro de suas equipes. O marketing artificial, baseado em influenciadores pagos, perdeu força. As pessoas querem verdade, querem conexão real, querem saber quem está por trás do serviço ou produto que consomem.

E o mesmo vale para o profissional liberal. Se um potencial cliente precisa de um dentista, ele não vai simplesmente escolher o consultório mais próximo. Ele vai pesquisar. Ele quer saber quem é você, quais são seus valores, qual é a sua visão de mundo. Ele quer sentir confiança antes mesmo de entrar na sua clínica.

A crença de que você precisa escolher um único nicho para crescer está ultrapassada. O nicho é VOCÊ. Sua história, sua personalidade, seus valores, sua forma única de fazer o que faz. Personal branding não é sobre se moldar ao mercado, é sobre trazer ao mercado a sua identidade. O erro da última década foi tentar criar personas artificiais para se encaixar em um padrão. O sucesso desta década é saber mostrar sua autenticidade.

E não importa se você está começando ou se já tem um nome consolidado. A sua marca pessoal precisa ser um reflexo claro do seu valor, da sua expertise e da sua visão. O profissional que não entendeu isso ainda está um passo atrás e o mercado não espera.

O que norteia minha linha como mentora de personal branding?

Autenticidade, consistência e propósito. O que eu ensino não é sobre criar uma imagem fabricada, mas sobre amplificar quem você já é. Personal branding não é autopromoção, é a arte de construir um legado. Ajudo meus mentorados a se posicionarem estrategicamente no mercado, tornando-se referências no que fazem, sem precisar mudar sua essência. Minha abordagem é baseada na clareza de posicionamento, na comunicação autêntica e no uso inteligente das ferramentas digitais para construir autoridade e impacto.

É por isso que sou apaixonada por personal branding. Eu ajudo CEOs, empresários, executivos e profissionais liberais a construírem uma presença que gere autoridade, credibilidade e crescimento real. Porque no mundo de hoje, ou você é lembrado, ou você é esquecido.

Você pode ser o melhor no que faz, mas se ninguém souber disso, não adianta. No mundo de hoje, ou você constrói a sua marca pessoal, ou assiste outra pessoa, menos qualificada, ocupar o seu lugar.

Competência sem visibilidade é irrelevante. No mundo de hoje, não basta ser bom. É preciso ser visto. Se você não construir sua marca pessoal, estará apenas preparando o caminho para que seu concorrente ocupe o espaço que deveria ser seu.

 

A tecnologia, sobretudo a Inteligência Artificial, tem revolucionado diversos setores, trazendo desafios e oportunidades inéditas. Como você enxerga o impacto dessas transformações tecnológicas nas atividades de marketing?

A Inteligência Artificial não está apenas redefinindo o marketing, ela está redefinindo o mundo. Seu impacto já é imenso, e estamos apenas no início de uma transformação sem precedentes. O que antes dependia de intuição e tentativa e erro, hoje é impulsionado por previsibilidade, hiperpersonalização e análises em tempo real.

No marketing, a IA permite analisar volumes massivos de dados, identificar padrões de comportamento, criar campanhas dinâmicas e personalizadas em escala jamais vista. Ela aumenta a eficiência, otimiza processos e potencializa a tomada de decisões estratégicas. Mas há algo que ela nunca poderá substituir: a criatividade, a visão estratégica e a essência humana por trás de uma marca.

Muitas pessoas temem que a IA vá substituir empregos e extinguir profissões. A IA não elimina posições, ela cria novas. O futuro pertencerá àqueles que souberem integrar essa tecnologia ao seu trabalho, transformando-a em uma aliada. A IA não pensa por você, mas amplifica o seu pensamento. Não substitui sua visão, mas acelera sua execução.

No fim, o ser humano sempre será o arquiteto. Aquele que idealiza, planeja e dá sentido às estratégias. A IA é a ferramenta que potencializa essa capacidade, tornando ideias mais claras, processos mais ágeis e resultados mais eficientes.

O grande desafio do marketing no futuro será justamente esse equilíbrio: usar a automação inteligente sem perder a conexão humana. Porque, por mais avançada que a tecnologia seja, marcas fortes continuarão sendo construídas por experiências genuínas, conexões reais e histórias autênticas.

A tecnologia pode automatizar processos, mas jamais substituirá a autenticidade. No marketing do futuro, a IA será a engrenagem, mas a criatividade e a emoção continuarão sendo a alma.

 

Diante de sua larga experiência executiva na área de marketing, qual seria sua mensagem final para esta entrevista, visando contribuir com alguém em início ou fase de transição de carreira relacionada a esta área?

O marketing mudou. O que funcionava há cinco anos pode não funcionar mais hoje. O profissional que deseja crescer nessa área precisa entender que conhecimento técnico é importante, mas a capacidade de adaptação e inovação é essencial.

Se você está começando agora ou passando por uma transição de carreira, a primeira coisa que precisa saber é que marketing não é sobre vender, mas sobre conectar. As marcas que se destacam são aquelas que criam relações autênticas, que contam histórias reais e que agregam valor antes mesmo de oferecer um produto ou serviço.

O segundo ponto fundamental: aprenda a usar a tecnologia a seu favor. A Inteligência Artificial e a análise de dados estão transformando a forma como as empresas se comunicam com seus públicos. O profissional de marketing que não dominar essas ferramentas ficará para trás. Mas, ao mesmo tempo, nunca esqueça que, por trás dos números, existem pessoas. O futuro do marketing será cada vez mais tecnológico, mas as decisões continuarão sendo emocionais.

E, por fim, construa sua marca pessoal. No mundo de hoje, não basta ser bom, é preciso ser visto. Se você quer crescer na carreira, atrair oportunidades e se tornar referência, precisa trabalhar ativamente no seu personal branding. O mercado valoriza aqueles que têm voz, que compartilham conhecimento e que criam autoridade dentro da sua área de atuação. O sucesso no marketing não pertence a quem sabe mais, mas a quem sabe se conectar melhor. E, no mundo digital, quem não se posiciona, desaparece.

 

Lições de carreira

A entrevista com Ana Cunha deixa claro que o marketing vai além de campanhas e métricas: trata-se de entender culturas, comportamentos e criar vínculos entre marcas e pessoas. Sua experiência como executiva global e especialista em personal branding nos inspira a olhar para a carreira de forma estratégica, sabendo que cada ação pode ser um passo importante para a construção de uma reputação sólida. Que essa trajetória sirva como inspiração para profissionais que desejam se destacar em um mercado cada vez mais dinâmico e globalizado.

Grato pela leitura. Nos encontramos no próximo artigo!

Abraço, Jonny

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