
A Apple estuda aumentar os preços da nova linha de iPhones, os modelos ’17’, que devem ser lançados em setembro. A possível alta viria acompanhada de novas funcionalidades e mudanças no design dos aparelhos. Segundo o Wall Street Journal, a empresa quer evitar que o reajuste seja associado às tarifas dos EUA sobre produtos chineses – a maior parte dos dispositivos da companhia de Cupertino é montada na China.
Mesmo com o acordo firmado nesta segunda-feira (12) entre EUA e China para suspender a maior parte das tarifas bilaterais, ainda está em vigor uma sobretaxa de 20% imposta pelo presidente americano, Donald Trump, sob o argumento de combater o tráfico de fentanil. Trump também isentou os smartphones de uma outra tarifa sobre produtos chineses, que, pelo novo acordo, passará temporariamente de 125% para 10%.

O CEO da Apple, Tim Cook, tem lidado com a pressão crescente da disputa comercial entre os dois países, que ameaça a cadeia produtiva da empresa. Como forma de se proteger, a companhia antecipou estoques em março, antes do anúncio das tarifas, e transferiu parte da produção para a Índia. Ainda assim, os modelos mais caros, como os iPhone Pro e Pro Max, continuarão sendo fabricados majoritariamente na China.
Diante desse cenário, a Apple avalia o que considera “a menos pior das opções”: elevar os preços e justificar a medida com novos recursos. Segundo a Bloomberg, uma das novidades estará ligada à inteligência artificial (IA). A empresa fundada por Steve Jobs estaria preparando um sistema de gerenciamento de bateria baseado em IA para o iOS 19 – atualização do sistema operacional dos iPhones, que deve ser anunciada no próximo mês e lançada em setembro.
A nova função analisaria o uso individual de cada aparelho para fazer ajustes automáticos com foco em economia de energia. A tecnologia faria parte da plataforma Apple Intelligence, a IA da companhia.
*Com informações do Estadão Conteúdo e Dow Jones Newswires
Publicado por Carolina Ferreira
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