
O governo da Argentina oficializou nesta segunda-feira (20) um acordo financeiro com os Estados Unidos no valor de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 108 bilhões), que inclui uma linha de crédito e um swap cambial. O objetivo é reforçar as reservas internacionais do país, estabilizar o peso e restaurar a confiança dos mercados. O acordo é composto por US$ 10 bilhões em swap cambial — uma troca de moedas entre os dois países — e outros US$ 10 bilhões em linha de crédito, assinados na última semana e anunciados oficialmente hoje. A operação conta com a participação de grandes bancos norte-americanos e fundos privados, que poderão ampliar o montante nas próximas etapas das negociações, podendo chegar a US$ 40 bilhões.

O apoio dos Estados Unidos é visto por analistas como um sinal político de confiança entre o presidente argentino, Javier Milei, e o presidente americano, Donald Trump. Segundo o Tesouro norte-americano, a iniciativa busca estabilizar a economia argentina, estimular a reestruturação fiscal e ajudar na redução da inflação, que atualmente ultrapassa 250% ao ano. A operação representa um importante alívio para Buenos Aires, que enfrenta uma das crises econômicas mais graves de sua história recente, marcada por escassez de reservas, desvalorização cambial e forte queda do poder de compra.
Fontes ligadas ao governo argentino afirmam que o acordo faz parte da estratégia de Milei para acelerar reformas econômicas e recuperar a confiança de investidores internacionais, enquanto mantém diálogo estreito com Washington.
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