ARTIGO | Comunicação ruim é sintoma ou causa?

Imagem: Getty Images   por Felipe Gondin* Uma das dores mais comuns das empresas que me procuram é acreditar que precisam de um projeto de branding porque sua comunicação não traduz o que fazem, não gera valor e tampouco desperta desejo nos consumidores. Em muitos casos, esse raciocínio está correto: a comunicação ineficiente revela que […]

Imagem: Getty Images

 

por Felipe Gondin*

Uma das dores mais comuns das empresas que me procuram é acreditar que precisam de um projeto de branding porque sua comunicação não traduz o que fazem, não gera valor e tampouco desperta desejo nos consumidores.

Em muitos casos, esse raciocínio está correto: a comunicação ineficiente revela que a base da marca não está clara, o que exige um trabalho de posicionamento para organizar a identidade e alinhar a percepção.

Existe também, no entanto, outro cenário bastante comum.

Empresas que possuem um posicionamento bastante sólido, com clareza sobre seus diferenciais, território de marca bem definido e proposta de valor sólida, e que continuam sofrendo porque sua execução de marketing é fraca.

Nesse caso, a comunicação não é sintoma, é a própria causa do problema.

Muitas vezes, isso acontece porque a área de marketing está nas mãos de profissionais ainda plenos ou juniores, sem senioridade suficiente para transformar estratégia em mensagem clara, consistente e eficaz.

O dilema: o cliente precisa de branding ou precisa de marketing?

Precisa de um novo projeto de posicionamento ou de uma equipe mais competente na execução? Ou os dois?

A resposta disso não é simples. Branding e marketing não são a mesma coisa e confundir essa percepção pode custar caro.

O papel de quem conduz esse diagnóstico é enxergar o quadro de forma honesta e estratégica. Essa distinção é fundamental.

Investir em branding quando o gargalo está no marketing significa gastar energia revisitando a base quando o problema está na prática. Da mesma forma, apostar apenas em marketing quando falta clareza de posicionamento é insistir em performance sem ideia central. Nos dois casos, o risco é o mesmo: projetos que morrem na praia.

Por isso, é responsabilidade de quem lidera essa frente fazer a leitura correta. Entender se a empresa tem prontidão para sustentar um projeto de branding. Avaliar se a comunicação tem senioridade e ferramentas para dar vida a esse projeto e, em alguns casos, ter a coragem de declinar o trabalho, sugerindo outro tipo de melhoria, porque o que o cliente precisa não é reposicionamento, mas execução qualificada.

No fim das contas, a diferença entre branding e marketing não é acadêmica, mas prática.

Branding aponta; marketing executa.

E só quando cada um cumpre seu papel, de forma alinhada e consistente, a comunicação se torna capaz de traduzir valor, gerar desejo e sustentar crescimento.

 

*Felipe Gondin – CEO da Gondin Branding, com mais de 150 projetos de Branding e geração de receita realizados em 25 anos de carreira. Palestrante, professor de pós-graduação e apaixonado por posicionamento de marcas e comportamento de consumo. Graduado em Estratégias Disruptivas pela Harvard Business School e em Organizações Inovadoras pela UC Berkeley, na Califórnia.
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