
O governo de Donald Trump tem gerado um clima de apreensão nas universidades dos Estados Unidos, com um número significativo de acadêmicos, cerca de 75%, considerando a possibilidade de deixar o país. Essa situação é impulsionada por ações como a redução de bolsas de estudo e a imposição de restrições à liberdade acadêmica. Uma pesquisa realizada pela revista Nature destaca que essa tendência é ainda mais acentuada entre os estudantes de mestrado. Diversos países, incluindo França, Bélgica e Holanda, estão se mobilizando para atrair esses cientistas americanos, oferecendo programas de “asilo científico”. Além disso, a China também está se esforçando para captar esses “refugiados com PhD dos EUA”. A Sociedade Max Planck, na Alemanha, notou um aumento significativo no número de candidaturas de cientistas provenientes dos Estados Unidos.

Nas universidades, o ambiente se tornou tenso, com muitos estudantes optando por evitar discussões políticas e manifestações, temendo possíveis represálias. Um exemplo é a Universidade Columbia, que está sob investigação por alegações de assédio contra judeus e teve suas verbas suspensas, refletindo a atmosfera de autocensura que permeia as instituições. As ameaças de cortes financeiros têm pressionado as universidades a se adaptarem, resultando em uma diminuição da liberdade acadêmica. Especialistas alertam que essa fuga de cérebros pode ter consequências sérias para a competitividade dos Estados Unidos em áreas de pesquisa e inovação no futuro, levantando preocupações sobre o impacto a longo prazo na capacidade do país de liderar em ciência e tecnologia.
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Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA