
Dois guerrilheiros foram presos após o ataque com caminhão-bomba que matou seis civis e deixou mais de 60 feridos no sudoeste da Colômbia. O Ministério Público anunciou neste sábado (23) que eles foram acusados de homicídio e outros crimes. O atentado ocorreu na última quinta-feira (21) em Cali, no mesmo dia em que outro grupo armado matou 13 policiais ao derrubar um helicóptero com drone e fuzis em Antioquia, no noroeste do país.
As autoridades atribuem os ataques a dissidências das Farc que rejeitaram o acordo de paz assinado em 2016 e disputam território entre si. De acordo com o MP, Walter Yonda e Carlos Obando Aguirre, da Frente Jaime Martínez, ligada ao Estado-Maior Central (EMC), foram indiciados por homicídio qualificado — crime que pode resultar em até 50 anos de prisão.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que não há cessar-fogo em vigor com grupos criminosos e que as operações ofensivas seguem em andamento. Ele esteve em Antioquia neste sábado para coordenar, com as Forças Armadas, ações contra dissidentes, paramilitares e cartéis envolvidos com narcotráfico, extorsão e mineração ilegal. Segundo Sánchez, o governo colombiano emprega todos os recursos disponíveis para “neutralizar as ameaças” à segurança nacional.
*Com informações da AFP
Publicado por Felipe Cerqueira
Leia também

Colômbia reforça operações militares após ataques que deixaram 18 mortos

Justiça da Colômbia ordena libertação de Uribe enquanto decide sobre condenação por suborno e fraude processual