O universo do SEO está mudando — e rápido. Cada vez mais, a combinação entre Inteligência Artificial, comportamento de busca e dados preditivos está moldando uma nova forma de pensar presença digital. Um bom exemplo disso foram as discussões levantadas recentemente em eventos como o Brighton SEO, onde especialistas do mundo todo vêm compartilhando práticas e visões para um SEO mais estratégico, proativo e orientado por contexto.
Uma fala que me marcou foi a de Folashade Uba, da A.P. Moller-Maersk. De maneira direta e repleta de bons insights, ela propôs uma mudança fundamental de mentalidade: sair do SEO reativo — aquele que responde às tendências depois que elas aparecem no Search Console — e avançar para um SEO preditivo, capaz de antecipar o que os usuários vão buscar, muitas vezes antes mesmo que eles saibam disso.
Segundo Folashade, essa virada é crucial para quem busca resultados consistentes. Utilizando ferramentas como o Indicative Insights, sua equipe desenvolveu calendários de conteúdo baseados em previsões de comportamento, não apenas em dados passados. “Não tem nada de errado em reagir”, afirmou. “Mas estamos perdendo oportunidades quando esperamos demais.”
Outro ponto instigante veio de Tom Vaughton, que apresentou uma imagem emblemática de 1999 com logos de marcas como Blockbuster, Napster, Palm e Altavista — gigantes que não conseguiram se reinventar. A provocação era clara: quem não se adapta, fica para trás. A partir de análises e modelos de IA, Tom apontou caminhos para o SEO do futuro, baseado em quatro pilares fundamentais (ainda que nem todos revelados no palco). Sua principal mensagem foi sobre foco: simplificar, priorizar o que realmente gera impacto e parar de complicar o que pode ser direto.
Esses debates ajudam a perceber que o SEO atual já não pode ser visto apenas como uma soma de técnicas ou produção em escala. Estamos entrando em uma era onde a descoberta acontece em fluxos conversacionais, com assistentes como ChatGPT, Gemini e Perplexity servindo de intermediários entre a dúvida e a resposta. Isso exige uma nova postura: estar presente nos lugares certos, ser mencionado pelas fontes certas, e construir autoridade além do ranking de palavras-chave.
A grande lição que fica é que o SEO do futuro se faz no presente — com inteligência, intuição e capacidade de antecipação. Olhar para frente, sim. Mas sem perder de vista o que o passado nos ensinou: quem entende pessoas, entende busca. E quem entende busca, entende que agora é hora de pensar antes da busca.
Foto: Pixabay
O post Entre o passado nostálgico e o futuro preditivo da busca: lições do novo SEO apareceu primeiro em Acontecendo Aqui.