EUA querem que Google venda plataformas de anúncio para encerrar monopólio; empresa contesta

Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs que o Google se desfaça das plataformas AdX e DFP, mas a empresa discordou. Juiz federal concluiu, em abril, que a empresa domina ilegalmente dois mercados de publicidade digital. Logotipo do Google na CES 2024, em Las Vegas Steve Marcus/Reuters O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) […]


Departamento de Justiça dos Estados Unidos propôs que o Google se desfaça das plataformas AdX e DFP, mas a empresa discordou. Juiz federal concluiu, em abril, que a empresa domina ilegalmente dois mercados de publicidade digital. Logotipo do Google na CES 2024, em Las Vegas
Steve Marcus/Reuters
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) propôs que o Google venda suas plataformas de publicidade AdX e DFP, após um juiz federal concluir, em abril, que a empresa domina ilegalmente dois mercados de publicidade digital.
As vendas são necessárias para acabar com os monopólios da gigante de tecnologia Alphabet, dona do Google, e restaurar a concorrência nos mercados de leilões digitais e de servidores de anúncios, disse o DOJ na segunda-feira (5), em um processo judicial.
No mês passado, a juíza distrital Leonie Brinkema, de Alexandria (Virgínia), decidiu que o Google é responsável por “adquirir e manter intencionalmente o poder de monopólio” nesses dois segmentos.
A decisão foi mais um golpe para a empresa, já que outro juiz considerou, em 2024, que o Google também detinha um monopólio ilegal nas buscas online.
A juíza da Virgínia marcou a data do julgamento para setembro, após o Google e o DOJ apresentarem soluções para resolver a questão do domínio da empresa em plataformas de publicidade.
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Em nota envida à Reuters, o Google afirmou que apoia soluções comportamentais, como disponibilizar lances em tempo real para concorrentes, mas diz que os promotores não têm base legal para obrigá-lo a vender partes de seu negócio.
“As propostas adicionais do DOJ para forçar a alienação de nossas ferramentas de anúncios vão muito além das conclusões da Corte. Elas não têm respaldo legal e prejudicariam editores e anunciantes”, disse Lee-Anne Mulholland, vice-presidente de Assuntos Regulatórios do Google, no comunicado.
As ações da Alphabet caíram quase 1,1% nas negociações pré-mercado nesta terça-feira (6).
O AdX, ou Ad Exchange, é uma plataforma que permite aos editores disponibilizar espaços de anúncios para compra em tempo real pelos anunciantes.
Os servidores de anúncios dos editores são plataformas usadas por sites para armazenar e gerenciar os espaços publicitários.
No ano passado, o Google deu um passo importante para encerrar uma investigação antitruste da União Europeia ao propor a venda do AdX. Os editores europeus, no entanto, rejeitaram a ideia por considerá-la insuficiente.
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