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Governo de Israel aprova acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza

O governo israelense aprovou na madrugada deste sábado (18, data local) o plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que prevê a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos, segundo um breve comunicado do Executivo. “O governo aprovou o plano de libertação de reféns”, afirma o texto publicado pelo gabinete do […]

O governo israelense aprovou na madrugada deste sábado (18, data local) o plano de cessar-fogo na Faixa de Gaza, que prevê a libertação dos reféns sequestrados pelo Hamas em troca de prisioneiros palestinos, segundo um breve comunicado do Executivo. “O governo aprovou o plano de libertação de reféns”, afirma o texto publicado pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. “O plano de libertação de reféns entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro de 2025”, acrescenta.

Após a luz verde do gabinete de segurança de Israel, o Conselho de Ministros deu sua aprovação final ao acordo, apesar da oposição de membros da extrema direita. Por sua vez, o gabinete de segurança garantiu que o acordo “sustenta a consecução dos objetivos da guerra”. O acordo, que deve colocar fim aos 15 meses de guerra, prevê em uma primeira fase de seis semanas a libertação de 33 reféns em Gaza, em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em Israel. O fim definitivo da guerra será negociado durante esta primeira etapa.

Representantes de Egito, Catar e Estados Unidos, mediadores do conflito, se reuniram nesta sexta-feira no Cairo com uma delegação israelense para acordar “todas as disposições necessárias para aplicar” o cessar-fogo, disseram meios de comunicação egípcios.

Saiba mais

Apesar do anúncio na quarta-feira de um acordo de cessar-fogo por parte de Catar e Estados Unidos, o Exército israelense continuou bombardeando o território palestino, deixando mais de 100 mortos, segundo equipes de resgate. O acordo, que deve colocar fim aos 15 meses de guerra, prevê em uma primeira fase de seis semanas a libertação de 33 reféns em Gaza, em troca de centenas de prisioneiros palestinos detidos em Israel.

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Libertações

O fim definitivo da guerra será negociado durante esta primeira etapa. As primeiras libertações ocorrerão no domingo (19), segundo o governo israelense. As famílias dos reféns também foram informadas e estavam realizando os preparativos para recebê-los, de acordo com a mesma fonte. Segundo fontes próximas ao grupo terrorista Hamas, o primeiro grupo é composto por três mulheres israelenses. Em troca, Israel aceitou “libertar alguns prisioneiros importantes”, indicou uma das fontes.

Em Israel, a população está em suspense quanto ao destino do mais jovem dos reféns, Kfir Bibas, um bebê israelense de origem argentina sequestrado em um kibutz. Kfir, levado junto com seu irmão de quatro anos, completaria dois anos no sábado e, embora o Hamas tenha afirmado que ele morreu em um bombardeio israelense, alguns ainda mantêm a esperança.

O Ministério da Justiça israelense publicou nesta sexta-feira uma lista com os 95 prisioneiros palestinos que serão trocados pelos reféns. A lista inclui 70 mulheres, uma delas menor de idade, e 25 homens, entre os quais 9 são menores de 18 anos. O mais jovem tem 16 anos. As autoridades israelenses tomaram medidas para “prevenir qualquer manifestação pública de alegria” durante a libertação dos prisioneiros palestinos, caso o acordo seja concretizado.

Presidente da Autoridade Palestina disposto a assumir a responsabilidade 

O anúncio do acordo foi o resultado de uma aceleração das negociações, paralisadas por mais de um ano, às vésperas do retorno de Donald Trump à Casa Branca. Além da troca de reféns por prisioneiros e da implementação de um cessar-fogo, a primeira fase do acordo também prevê a retirada das tropas israelenses das áreas densamente povoadas.

A segunda fase contempla a libertação dos reféns restantes. A terceira e última fase terá como foco a reconstrução do território palestino e o retorno dos corpos dos reféns mortos. O cessar-fogo não resolve o obstáculo sobre o futuro político da Faixa de Gaza, que tem 2,4 milhões de habitantes e é governada desde 2007 por um Hamas agora muito enfraquecido.

Mahmoud Abbas, presidente da Autoridade Palestina, rival do Hamas e que governa parcialmente a Cisjordânia, declarou nesta sexta-feira que o órgão está pronta para assumir “toda a responsabilidade” em Gaza depois da guerra. Israel se opõe a qualquer administração futura do Hamas ou da Autoridade Palestina, enquanto os palestinos rejeitam qualquer interferência estrangeira.

*Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira

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