Um idoso de 95 anos vive um drama em Sorocaba (SP) após ter a aposentadoria suspensa há quatro meses. O motivo: ele foi dado como morto por erro de um cartório em Ubá (MG), sua cidade natal, há mais de uma década. O equívoco levou ao cancelamento de seu CPF, impossibilitando o acesso a qualquer benefício previdenciário.
O filho do idoso, Joel Barbosa, contou que a prova de vida está regularizada e que descobriu o problema apenas quando o pagamento deixou de ser depositado.
“Fui ao INSS e eles disseram que o sistema mostra meu pai como falecido. Mas ele está aqui, vivo, precisando de remédios e fraldas”, relatou.
Joel explicou que o erro ocorreu após uma pessoa ter sido enterrada em Minas Gerais com o mesmo nome e CPF do pai, cerca de 12 anos atrás. Desde então, os documentos permanecem travados.
“O cartório diz que não há registro, mas está tudo errado. Já fui à Receita Federal e eles confirmaram que há dois CPFs em nome dele”, afirmou.
Desempregado, Joel disse que a situação financeira da família se agravou.
“Eu não tenho como pagar advogado. Está tudo parado, e meu pai depende totalmente de mim. Ele toma vários medicamentos e precisa de cuidados o tempo todo.”
Em nota, o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) confirmou que o idoso era beneficiário de aposentadoria e pensão por morte, mas ambos os pagamentos foram suspensos após a inclusão do nome no Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi).
O órgão informou ainda que os benefícios estão vinculados à Agência da Previdência Social de Ubá (MG) e que o caso está sendo apurado para definir o procedimento de reativação dos pagamentos.
Enquanto aguarda uma solução, Joel segue tentando reverter o erro burocrático que deixou o pai sem renda e sem condições de custear os cuidados básicos necessários à sua sobrevivência.
Assista a reportagem da TV Sorocaba:
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Creditos: TV Sorocaba / SBT
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