O Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região condenou a Ihara, indústria química de Sorocaba (SP), a pagar R$ 1 milhão por danos morais coletivos por assédio eleitoral nas eleições de 2022.
Segundo o Ministério Público do Trabalho, funcionários foram coagidos a participar de um ato com camisetas da seleção brasileira e discursos em apoio ao então presidente Jair Bolsonaro.
A empresa alegou tratar-se de um evento cívico, mas a Justiça entendeu que houve tentativa de influenciar o voto dos empregados.
Além da multa, a Ihara deverá garantir liberdade de escolha política aos trabalhadores e ficará sujeita a R$ 200 mil por infração em caso de descumprimento.
A empresa IHARA emitiu uma nota a imprensa sobre o assunto, confira: “A IHARA (Iharabras S.A. Indústrias Químicas), localizada em Sorocaba/SP, vem a público esclarecer, em resposta à matéria divulgada no dia 28 de agosto pelo Ministério Público do Trabalho, que a decisão judicial em segunda instância, relacionada a uma suposta prática de assédio eleitoral, não é definitiva. O processo ainda está em fase de tramitação, e a empresa acredita que o Poder Judiciário concluirá que nenhuma infração ocorreu. A empresa reforça sua confiança e segurança no ato cívico promovido em alusão à Independência do Brasil, uma tradição realizada há anos na IHARA. A celebração contou com a participação da Banda Sinfônica da Polícia Militar de Sorocaba, já convidada em outras edições desse evento comemorativo. A IHARA destaca, ainda, que a participação dos colaboradores foi totalmente espontânea, sem qualquer caráter de obrigatoriedade, e que em nenhum momento houve indução ou coação de voto. A empresa reafirma seu respeito à liberdade e ao direito democrático de escolha de cada colaborador.”

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