Um grupo de mães de crianças e adolescentes com deficiência (PCDs) e autismo realizou um protesto em frente à Biblioteca Municipal de Sorocaba, nesta semana, em defesa da educação inclusiva. A manifestação buscou dar visibilidade aos impactos das novas medidas do Governo do Estado de São Paulo sobre o atendimento de alunos da educação especial na rede estadual.
De acordo com as famílias, as recentes alterações estão prejudicando diretamente o aprendizado e o desenvolvimento dos estudantes. O grupo pede revisão das regras e maior sensibilidade das autoridades em relação às necessidades de crianças com neurodivergências e deficiências.
Mudanças na rede estadual geram preocupação
O movimento critica duas medidas do governo paulista: o Decreto nº 67.635/2023 e a Resolução nº 129/2024. Segundo as manifestantes, essas normas retiram das escolas os professores auxiliares especializados, profissionais com formação técnica e experiência no atendimento de alunos com deficiência.
Em substituição, entram os profissionais de apoio escolar, que passam por apenas 80 horas de capacitação e não precisam ter formação específica em educação especial.
“Retrocesso na inclusão”, dizem famílias
As mães afirmam que as mudanças representam um retrocesso na política de inclusão, pois reduzem o suporte pedagógico e emocional oferecido aos estudantes que necessitam de acompanhamento individualizado. Educadores e familiares alertam que a falta de profissionais capacitados pode comprometer o desenvolvimento, a aprendizagem e a socialização dos alunos.
O grupo pretende continuar mobilizado e promete novos atos em Sorocaba e outras cidades da região, até que o Governo do Estado reavalie as medidas.
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