Levantamento da Gi Group Holding mostra que Brasil está entre os três países com maior índice de percepção de impacto da diversidade
A pesquisa ‘Global Candidate Survey 2025’, realizada pela Gi Group Holding em 20 países, indica que 54% dos profissionais brasileiros percebem que fatores ligados à diversidade, origem ou identidade influenciam negativamente os processos de contratação e as oportunidades de carreira.
O Brasil aparece ao lado da Índia (74%) e da China (56%) entre os países com maior percepção de viés. A média global é de 43%.
Entre os tipos de discriminação mais apontados globalmente estão idade (29%), gênero (23%), condições de saúde física ou mental (22%), etnia (21%), status socioeconômico (20%) e orientação sexual ou identidade de gênero (18%).
Felipe Iotti, diretor de Gente & Gestão da Gi Group Holding, conta que os resultados mostram um desafio ainda presente para as empresas. “Embora muitas organizações venham adotando políticas de diversidade e inclusão, o impacto real dessas iniciativas ainda não é equitativamente distribuído ou claramente percebido pelos colaboradores”, analisa.
Apesar do cenário, o Brasil está entre os países com melhor avaliação dos esforços das empresas em diversidade, equidade e inclusão (DEI): 59% dos profissionais reconhecem algum nível de comprometimento, atrás apenas da Índia (74%) e empatado com a China.
As mudanças mais desejadas pelos trabalhadores em relação às estratégias corporativas de DEI são mais programas de educação e conscientização (27%), criação de espaços seguros para diálogo (24%) e expansão das iniciativas para além do recrutamento, abrangendo planos de carreira e desenvolvimento (22%).
Para Iotti, o desafio vai além da entrada no mercado de trabalho. “O desafio atual não é apenas ampliar a diversidade nos processos seletivos, mas assegurar a inclusão contínua no ciclo de vida do colaborador. Isso passa por políticas estruturadas, metas integradas aos indicadores de desempenho, capacitação contínua e cultura organizacional que valorize a pluralidade como ativo estratégico”, reforça.
Imagem: LinkedIn Sales Solutions/Unsplash