
O príncipe britânico Harry e Meghan, duque e duquesa de Sussex
REUTERS/Andrew Kelly/Foto de arquivo
Um grupo que inclui o príncipe Harry e sua mulher, Meghan Markle, artistas, líderes religiosos e Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump, assinou um manifesto que pede a proibição do desenvolvimento de inteligência artificial “superinteligente”.
A carta foi divulgada nesta quarta-feira (22) pelo instituto Future of Life.
Ela é direcionada a bigtechs como Google, OpenAI e Meta, que competem entre si para desenvolver IAs que superem os humanos em diversas tarefas, disse a agência de notícias Associated Press.
“Pedimos a proibição do desenvolvimento de superinteligência, que só deve ser suspensa quando houver amplo consenso científico de que será feita de forma segura e controlável, com forte apoio público.”
A Associated Press procurou o Google, a Meta, a OpenAI e a xAI, empresa de Elon Musk, mas eles não responderam a pedidos de comentários.
Outros signatários da declaração incluem o comentarista político conservador Gleen Beck, o cofundador da Apple Steve Wozniak, a ex-presidente da Irlanda Mary Robinson e o fundador do grupo Virgin, Richard Branson. Líderes cristãos e evangélicos também aparecem na lista.
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No texto introdutório, o manifesto reconhece que as ferramentas de IA podem trazer benefícios à saúde e à prosperidade.
Ao mesmo tempo, diz que grandes empresas de tecnologia têm como objetivo declarado construir uma superinteligência “capaz de superar significativamente todos os humanos em praticamente todas as tarefas cognitivas.”
Isso, segundo o texto, levanta preocupações que vão desde recessão econômica e perda de liberdade e dignidade humanas até riscos à segurança nacional e uma até mesmo possível extinção da espécie.
Quem assinou a carta
Príncipe Harry
Megan Markle
Steve Bannon, ex-estrategista de Donald Trump
Glenn Beck, comentarista político
Steve Wozniak, cofundador da Apple
Richard Branson, fundador da Virgin
Will.i.am, artista
Kate Bush, cantora
Stephen Fry, ator
Joseph Gordon-Levitt, ator
Susan Rice, ex-assessora de segurança nacional de Barack Obama
Mary Robinson, ex-presidente da Irlanda
Em nota pessoal, o príncipe Harry afirmou que “o futuro da IA deve servir à humanidade, não substituí-la”. “Acredito que o verdadeiro teste do progresso não será o quão rápido avançamos, mas quão sabiamente conduzimos esse avanço. Não há segunda chance”, escreveu.
O Instituto Future of Life, fundado pelo pesquisador do MIT Max Tegmark, também liderou a publicação de uma carta, em 2023, que pedia às bigtechs uma pausa de seis meses no treinamento de IAs. Nenhuma delas atendeu ao pedido.
Elon Musk foi o signatário mais famoso daquela carta. Na época, ele estava fundando a sua própria startup de IA.
Questionado sobre se entrou em contato com Musk novamente, Tegmark disse que escreveu aos CEOs de todas as grandes desenvolvedoras de IA nos EUA, mas não esperava que assinassem.
“Sinceramente, tenho empatia por eles, porque estão presos em uma corrida para o fundo do poço, sentindo uma pressão irresistível para continuar e não serem ultrapassados pelos concorrentes”, afirmou.
“É por isso que é tão importante estigmatizar essa corrida pela superinteligência, até o ponto em que o governo dos Estados Unidos precise intervir”, disse.




