O presidente do Irã, Masud Pezeshkian, fez sua primeira coletiva de imprensa desde que assumiu o cargo em julho e assegurou que a polícia da moralidade não irá “incomodar” as mulheres. Pezeshkian, que é um político reformista, tomou posse após a morte do ultraconservador Ebrahim Raisi, que faleceu em um acidente de helicóptero em maio deste ano. As declarações do novo presidente coincidem com o segundo aniversário da morte de Mahsa Amini, uma jovem curda que faleceu enquanto estava sob custódia por supostamente violar o rigoroso código de vestimenta islâmico. O falecimento de Amini gerou uma onda de protestos em todo o país, que resultaram em centenas de mortes e na prisão de milhares de manifestantes.
Durante sua campanha eleitoral, Pezeshkian se comprometeu a se opor de forma “total” às patrulhas que fiscalizam o uso do véu islâmico. Além disso, ele prometeu flexibilizar as restrições severas que limitam o acesso à internet, uma questão que tem gerado descontentamento entre a população. A mudança de liderança no Irã e as promessas de Pezeshkian refletem um momento crítico para o país, que ainda lida com as consequências dos protestos que se seguiram à morte de Amini.
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Publicado por Sarah Américo
*Reportagem produzida com auxílio de IA