Estão na disputa as atuais Lew’LaraTBWA e Advance, além da BETC Havas, Pullse e VML
A Pague Menos deu início há cerca de dois meses a um processo de concorrência para a escolha de agências de publicidade e de live marketing fora do cenário usual do mercado.
Renato Camargo, VP de negócios de clientes da Pague Menos, e Extrafarma, com 400 PDVs, fez um post na sua conta do LinkedIn, onde é top voice com 75 mil seguidores com a frase: “Carro da concorrência passou na sua rua”.
A adesão foi de mil agências e até causou arrependimento no executivo pelo texto que propôs o pitch ao mercado. Ele chegou a receber conselhos de entidades e de algumas agências para dar atenção às recomendações de compliance do Cenp para contratação de agência.
Na realidade, estava inaugurando uma nova forma de buscar fornecedores de serviços de publicidade sem os meios tradicionais, como já ocorre nos Estados Unidos. “Não ferimos nada que possa macular a escolha. Apenas uma forma que mercado não conhecia, mas dentro das normas”, ele afirma.
No primeiro filtro, permaneceram 270 postulantes, que foram convidadas para um workshop de cadastro, posicionamento sobre equidade, diversidade e inclusão e documentação fiscal.
Permaneceram 29 e, para a etapa final marcada para semana que começa na segunda-feira (5), ficaram apenas oito, das quais cinco para publicidade (as atuais Lew’LaraTBWA) e Advance, além da Pullse, BETC Havas e VML Brasil). Para live marketing ficaram para a finalíssima a BTO+, Nico e How Hub Eventos.
Renato Camargo também inovou na etapa final: não vai fazer um job test com as classificadas, mas uma reunião de 1h30m com cada uma delas que responderão a um questionário, por assim dizer, similar ao de uma proposta de emprego.
A verba para ações de marketing compromete 60% da área de negócios do grupo. A ideia que cada uma das agências selecionadas não tenham mais de 10% de dependência do anunciante.
“No job test muitas vezes não são os profissionais que vão nos atender que estarão presentes, mas uma elite da agência. Por isso, desistimos desse formato. Pensamos até na remuneração das finalistas. Mas optamos por esse modelo. Não teremos etapa criativa no processo porque todas têm histórico bem conhecido. Apenas as comerciais e as relacionadas à inclusão, já feitas. Queremos proximidade com nossos parceiros. Não sei se repetiria o processo dessa forma, mas foi desse jeito dessa vez”, destaca Renato Camargo, que na área de retail media é atendido pela Zmes.
