Por que empresas de IA estão ‘lutando’ por contratos com o governo Trump

Donald Trump anunciou o plano de infraestrutura para inteligência artificial nos EUA. Ao lado dele estão Masayoshi Son, CEO do SoftBank, Larry Ellison, cofundador da Oracle, e Sam Altman, da OpenAI AP/Julia Nikhinson Empresas de inteligência artificial têm intensificado os esforços para se aproximar do governo Donald Trump, de olho nos investimentos do presidente e […]


Donald Trump anunciou o plano de infraestrutura para inteligência artificial nos EUA. Ao lado dele estão Masayoshi Son, CEO do SoftBank, Larry Ellison, cofundador da Oracle, e Sam Altman, da OpenAI
AP/Julia Nikhinson
Empresas de inteligência artificial têm intensificado os esforços para se aproximar do governo Donald Trump, de olho nos investimentos do presidente e na chance de oferecer seus produtos a departamentos do governo.
Segundo o portal Axios, o governo dos EUA é hoje o “cliente da vez”. A forma como essa tecnologia será utilizada pelas autoridades pode definir o tom para outros setores que dependem dela.
A Reuters lembra que a Amazon, por exemplo,vem faturando bilhões de dólares ao fornecer tecnologias para agências federais dos Estados Unidos. Isso ocorre em um contexto em que o país busca modernizar seus sistemas de tecnologia da informação, considerados antigos.
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A revista Forbes também destaca a empresa de software Palantir, que, em julho, fechou o maior contrato militar de sua história: um acordo de US$ 10 bilhões com o Exército dos Estados Unidos para otimizar operações também usando IA.
Em janeiro, Trump anunciou um investimento de até US$ 500 bilhões em inteligência artificial, por meio de uma parceria com empresas de tecnologia. A iniciativa, batizada de Stargate, prevê a construção de centros de desenvolvimento da tecnologia no Texas.
Trump tem chamado a corrida da inteligência artificial de “a luta que definirá o século 21” e tem intensificado os investimentos no setor para conter o avanço da China, sua principal rival tecnológica.
“A administração Trump está focada em adquirir tecnologias comerciais de ponta para modernizar os sistemas federais em escala”, disse recentemente o administrador interino da Administração de Serviços Gerais (GSA), Stephen Ehikian.
Empresas querendo uma ‘fatia do bolo’
Um dia antes de lançar seu novo modelo de linguagem, o GPT-5, a OpenAI anunciou que permitirá ao governo Trump usar, por um ano e pelo valor simbólico de US$ 1, uma versão do ChatGPT voltada para empresas, informou a agência France-Presse (AFP).
A Anthropic, criadora da IA Claude, também planeja oferecer sua tecnologia a departamentos federais por apenas 1 dólar, ainda de acordo com o Axios, que ouviu uma pessoa com informações sobre a parceria.
No início desta semana, o Departamento de Defesa dos EUA aprovou acordos com a OpenAI (ChatGPT), o Google (Gemini) e a Anthropic (Claude) para que as empresas se tornem fornecedoras de inteligência artificial.
Empresa OpenAI lançou novo modelo de IA capaz de raciocinar e resolver questões complexas
Dado Ruvic/Reuters
A CNN Internacional também destacou que a xAI, empresa de inteligência artificial de Elon Musk, foi incluída na iniciativa do governo. A companhia fornecerá o “Grok for Government”, uma versão com modelos avançados de IA voltada para a segurança nacional.
Cada uma dessas empresas receberá até US$ 200 milhões com a parceria, segundo a CNN.
“A adoção da IA está transformando a capacidade do Departamento de apoiar nossos combatentes e manter a vantagem estratégica sobre nossos adversários”, disse o diretor digital e de IA do governo, Doug Matty, segundo a BBC.
A Amazon Web Services (AWS) também está oferecendo até US$ 1 bilhão em descontos, até 2028, ao governo dos Estados Unidos para incentivar a adoção de seus serviços de nuvem e ferramentas de inteligência artificial, segundo a emissora norte-americana CNBC.
Amazon logo
Reuters
“A parceria da AWS com a Administração de Serviços Gerais (GSA) demonstra um compromisso público-privado compartilhado para aprimorar a liderança de IA da América”, afirmou a GSA em comunicado.
Outra gigante que também ofereceu descontos foi a Oracle, que concedeu até 75% de abatimento em seu software até o fim de novembro de 2025.
O acordo prevê o fornecimento de serviços de inteligência artificial e suporte para a migração dos sistemas do governo para a nuvem, segundo o jornal The Washington Post.
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