De acordo com a Kantar, na publicidade, o humor caiu em 37% nos últimos 20 anos. Entretanto, evidências mostram que ele continua sendo uma ferramenta poderosa para a lembrança de marca, engajamento emocional e sucesso a longo prazo.
O novo relatório da WARC, What’s Working in Humorous Advertising, analisa como marcas de diferentes setores – de Snickers a Specsavers – estão usando a comédia para se destacar na multidão e criar conexões duradouras.
As pessoas lembram daquilo que as faz sentir algo, e o humor é uma das maneiras mais rápidas de criar essa conexão. Ele corta o ruído, chama atenção e torna as marcas mais simpáticas. É por isso que anúncios baseados em humor – como o “Should’ve gone to Specsavers” ou os “hunger tantrums” da Snickers – permanecem na memória das pessoas por anos.
Mas não se trata apenas de ser engraçado; é sobre ser humano. Uma piada bem colocada pode transformar uma marca sem rosto em algo com o qual o público se identifica. Em categorias saturadas ou tradicionalmente sem graça, o humor muitas vezes é a diferença entre ser ignorado e ser impossível de esquecer. Basta perguntar à Liquid Death, que tornou a água “descolada”, ou à Xero, que transformou a contabilidade em entretenimento.
- Humor como gatilho de memória: A comédia quebra expectativas, faz com que os consumidores parem, se envolvam e, então, se lembrem.
- Relatabilidade é fundamental: Insights universais – como o “You’re not you when you’re hungry” da Snickers – ressoam entre culturas e mercados.
- Celebridade x humor gera fama: O humor bem executado, combinado com endossos de celebridades (como a campanha de Rick Astley da Specsavers), aumenta o impacto da marca.
- O caso comercial para a comédia: O humor pode potencializar o ROI do marketing. Anúncios com humor são 6,1 vezes mais eficientes em impulsionar o crescimento da participação de mercado do que anúncios neutros ou sem graça.
O humor não é apenas uma escolha criativa – é uma vantagem estratégica. Se bem feito, ele pode garantir maior lembrança de marca, maior engajamento e impacto comercial mais forte. Dito isso, o uso do humor na comunicação exige um profundo entendimento do consumidor, consciência cultural e a consistência necessária para ser bem recebido.
Fonte: WARC
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