
O presidente russo, Vladimir Putin, declarou que até o momento não houve necessidade de empregar armas nucleares no conflito com a Ucrânia e expressou a esperança de que essa situação não mude. Em uma entrevista veiculada pela televisão estatal, ele ressaltou que a Rússia possui a capacidade e os recursos necessários para levar a guerra a uma “conclusão lógica”. Putin também se referiu aos ataques realizados por forças ucranianas em solo russo, afirmando que não houve justificativa para o uso de armamento nuclear. Ele reiterou que a Rússia não iniciou uma invasão em larga escala, caracterizando a situação como uma “operação militar especial”.
No que diz respeito à doutrina nuclear russa, o presidente assinou uma versão atualizada em novembro de 2024. Essa nova diretriz define as condições sob as quais o arsenal nuclear pode ser acionado, permitindo sua utilização em resposta a um ataque convencional que conte com o apoio de uma potência nuclear. Durante a mesma entrevista, Putin mencionou que a reconciliação entre Rússia e Ucrânia é “inevitável”, embora as duas nações ainda estejam em desacordo sobre as propostas de cessar-fogo. O Kremlin anunciou uma trégua “por motivos humanitários” programada para ocorrer entre os dias 8 e 10 de maio.
Por outro lado, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou a trégua de 72 horas, considerando-a uma tentativa de criar um clima favorável antes das comemorações da vitória sobre a Alemanha nazista. Zelenski também reiterou a necessidade de uma pausa mais longa nas hostilidades, sugerindo um período de 30 dias para facilitar um diálogo mais efetivo.
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Publicado por Sarah Paula
*Reportagem produzida com auxílio de IA