O ato convocado por Jair Bolsonaro para apoiar a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo o Datafolha. O ex-presidente havia prometido levar 1 milhão. Já a Polícia Militar do Rio de Janeiro, sem explicar sua metodologia, estimou 400 mil presentes.
O Datafolha analisou imagens aéreas e calculou a presença com base na densidade da ocupação do espaço, que foi de 25 mil metros quadrados. O instituto concluiu que o público real correspondeu a apenas 3% do previsto por Bolsonaro.
No discurso, Bolsonaro admitiu que o público foi menor que em atos anteriores, como o de 7 de setembro de 2022. O Datafolha destacou que, mesmo com ocupação máxima, o espaço não comportaria mais de 175 mil pessoas.
O Monitor do Debate Político do Cebrap e a ONG More in Common estimaram que o ato teve 18,3 mil pessoas, menos de 2% do número citado pelo ex-presidente. A contagem, feita com drones e inteligência artificial ao meio-dia, apontou 64,6 mil pessoas no ato bolsonarista de 7 de setembro de 2022.
O evento aconteceu sob forte calor, alguns participantes passaram mal e precisaram de atendimento. O ex-presidente afirmou que não deixará o Brasil e que será um “problema preso ou morto”. Criticou as investigações sobre a trama golpista de 2022 e alegou que sua campanha foi prejudicada por Alexandre de Moraes, então presidente do TSE. Também declarou que a eleição de 2026 será “conduzida com isenção” e que “eleições sem Bolsonaro é negar a democracia”.
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