Síndrome do Excesso de Acesso ou Comece a pensar antes de fazer

  por André Balaban* “Devagar que estou com pressa!” — essa é a frase que aprendi com um amigo, diretor de marketing em uma multinacional. Ele sempre repetia isso ao ver sua equipe, com mais de 20 pessoas, começar a fazer as coisas no piloto automático, apenas repetindo o que todo mundo já estava fazendo […]

 

por André Balaban*

“Devagar que estou com pressa!” — essa é a frase que aprendi com um amigo, diretor de marketing em uma multinacional. Ele sempre repetia isso ao ver sua equipe, com mais de 20 pessoas, começar a fazer as coisas no piloto automático, apenas repetindo o que todo mundo já estava fazendo — aquele corre-corre típico do mundo corporativo.

Tenho visto essa correria em quase todas as empresas onde prestamos consultoria. Não importa o tamanho da estrutura ou do departamento de marketing — das mais organizadas às mais enxutas — estão todos correndo, fazendo e entregando, mas quase sempre sem clareza sobre a direção que estão seguindo.

Fez o post do dia? Fez.
Fez o vídeo de vendas para rodar tráfego? Fez.
Fez a apresentação que o Comercial pediu? Fez.
Fez o evento com os clientes-chave? Fez.
Fez a campanha do mês? Fez.

E está certo, tem que fazer tudo isso e muito mais. Porém… sempre tem um “porém”.

Antes de sair fazendo, é preciso saber por que se está fazendo aquilo. O nome disso é ESTRATÉGIA.
(Toda vez que escrevo essa palavra, automaticamente me vem à cabeça aquela cena do filme Tropa de Elite. Aconteceu a mesma coisa aí contigo?)

Voltando ao tema…

O grande problema das empresas hoje está na ausência de um posicionamento claro, de uma linguagem própria, de conexão real com seus consumidores — daquela proximidade que transforma produtos em lovemarks.

Atualmente, vivemos a síndrome do excesso de acesso: é a oferta atirada na cara do cliente sem nem dizer bom dia. Oferta! Desconto! “Só restam mais duas unidades!” “Clique e compre!”. Esse modelo é vazio, repetitivo e tende ao declínio em médio prazo se não vier embalado em propósito e estratégia de marca.

Sem posicionamento, sem discurso de marca e sem uma estratégia clara que conecte tudo na mesma direção, de pouco adianta fazer posts, vídeos, tráfego pago, palavras-chave, eventos, campanhas e conteúdos multiplicados na velocidade das ferramentas de inteligência artificial.

Parafraseando (e corrompendo) Goebbels:

“Uma ideia comum repetida mil vezes não se transforma em uma boa ideia.”

Este é o momento ideal para as empresas aproveitarem a popularização da IA — que facilita e agiliza o operacional — para focar energia e recursos em inteligência, estratégias de marketing mais profundas, bem planejadas, criativas e alinhadas ao DNA da marca.

E não se engane:
Um posicionamento que não é percebido pelo consumidor é apenas uma intenção. É só uma vontade da empresa. Não passa de um slide bonito na apresentação institucional.

Posicionamento de verdade só acontece quando a ideia conquista espaço e ocupa a posição desejada na mente do consumidor.

Apresentar a marca com uma proposta de valor clara é a base de qualquer projeto de comunicação. Sem planejamento, não há estratégia. Sem estratégia, não há marketing. E sem marketing…não existe empresa.

*André Balaban – Publicitário, Estrategista Criativo e sócio da The Lovers Company.


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