Trump diz que Zelensky pode encerrar a guerra ‘imediatamente’ ou ‘seguir combatendo’ com a Rússia

O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste domingo (17) à noite que o líder ucraniano, Volodimir Zelensky, pode pôr fim à guerra com a Rússia “quase imediatamente”, mas descartou a recuperação da intensa Crimeia ou a entrada da Ucrânia na Otan. “O presidente Zelensky, da Ucrânia, pode pôr fim à guerra com a Rússia quase […]

O presidente americano, Donald Trump, afirmou neste domingo (17) à noite que o líder ucraniano, Volodimir Zelensky, pode pôr fim à guerra com a Rússia “quase imediatamente”, mas descartou a recuperação da intensa Crimeia ou a entrada da Ucrânia na Otan.

“O presidente Zelensky, da Ucrânia, pode pôr fim à guerra com a Rússia quase imediatamente, se assim o quiser, ou pode seguir combatendo”, publicou Trump na sua plataforma Truth Social, na véspera de uma reunião em Washington com o mandatário inovador e líderes europeus.

“Não se pode recuperar o que [Barack] Obama cedeu na Crimeia (há 12 anos, sem disparar um único tiro!), e A UCRÂNIA NÃO PODE ENTRAR NA OTAN. Há coisas que nunca mudam!”, acrescentou.

cta_logo_jp
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!

Líderes Europeus acompanharão Zelensky na Casa Branca na 2ª feira

Após a cúpula entre Donald Trump e Vladimir Putin no Alasca, que terminou sem anúncios concretos, os dirigentes europeus se uniram em torno do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, a quem acompanharão à Casa Branca na segunda-feira (18).

Essa decisão foi anunciada neste domingo, antes de uma videoconferência da “coalizão de voluntários”, da qual participou a maioria dos principais países europeus, a UE, a Otan e países extracontinentais, como o Canadá, com o objetivo de examinar as linhas gerais de um possível acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia.

O encontro de segunda-feira na capital americana será iniciado desde o início da invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022. Estarão em Washington a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente francês, Emmanuel Macron, o chefe de governo alemão, Friedrich Merz, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, o presidente finlandês, Alexander Stubb, e o secretário-geral de Otan, Mark Rutte.

O mandatário ucraniano elogiou essa “unidade” europeia e assinalou que desconhece “exatamente” o que conversaram Putin e Trump no Alasca. “Gostaria que o presidente Trump nos desse, a mim e aos líderes europeus, muitos detalhes”, acrescentou.

O enviado especial de Trump, Steve Witkoff, garantiu que no Alasca a Rússia fez “algumas concessões” territoriais em relação às cinco regiões ucranianas-chave na guerra. “Grandes avanços com a Rússia! Fiquem atentos!”, publicou Trump neste domingo em sua rede social Truth Social.

O secretário de Estado, Marco Rubio, ameaçou a Rússia com novas avaliações caso não se chegue a um acordo sobre a Ucrânia. Após a reunião de domingo dos aliados de Kiev, Macron afirmou que Putin “não quer a paz”, mas sim a “capitulação” da Ucrânia.

Uma declaração apresentada como “mentira abjeta” pela porta-voz da diplomacia russa, Maria Zakharova, no Telegram. Quanto à reunião de segunda-feira em Washington, “nossa vontade é apresentar uma frente unida entre europeus e ucranianos” e perguntar aos americanos “até que ponto” estão dispostos a contribuir para as garantias de segurança oferecidas à Ucrânia em um possível acordo de paz, explicou o presidente francês.

De volta ao Alasca, Trump concedeu uma garantia de segurança para Kiev semelhante ao Artigo 5 da Otan, ainda que fora do marco da Aliança Atlântica, que Moscou considera uma ameaça existencial para suas fronteiras. Segundo Giorgia Meloni, o objetivo seria definir “uma cláusula de segurança coletiva que permita à Ucrânia obter o apoio de todos os seus parceiros, incluindo os Estados Unidos, prontos para agir em caso de um novo ataque”.

Zelensky qualificou como “histórica” a decisão americana de oferecer ao seu país garantias de segurança. Estas, disse, “devem ser verdadeiramente práticas, proporcionar proteção em terra, ar e mar, e se desenvolver com a participação da Europa”.

Não há cessar-fogo à vista 

Zelensky e seus aliados europeus favoreceram um cessar-fogo preliminar, mas Trump afirmou preferirem um acordo de paz integral, embora tenha se mantido muito evasivo sobre o conteúdo. O mandatário republicano também apoia uma proposta da Rússia para fortalecer sua presença no leste da Ucrânia, disse à AFP um funcionário para as conversas telefônicas mantidas no sábado entre Trump e os líderes europeus.

Segundo essa fonte, que pediu anonimamente, o presidente russo está “exigindo, na prática, que a Ucrânia abandone o Donbass” e, portanto, ceda completamente esse território, no leste da Ucrânia. A Rússia propõe congelar a linha de frente nas regiões de Donetsk, Kherson, Lugansk e Zaporizhzhia (sul).

Poucos meses depois de lançar sua invasão da Ucrânia, a Rússia proclamou a anexação dessas quatro regiões ucranianas, apesar de suas tropas ainda não controlarem completamente nenhuma delas. Até agora, Zelensky tem rejeitado qualquer concessão territorial.

Cúpula tripartida 

Trump também apresentou a possibilidade de uma cúpula tripartida com Putin e Zelensky se “tudo correr bem” ao receber o presidente ucraniano, a quem há seis meses humilhou no Salão Oval da Casa Branca diante das câmeras de televisão de todo o mundo. No entanto, o presidente ucraniano expressou o seu pessimismo: “Neste momento, a Rússia não deu nenhuma acusação de que a cúpula tripartida vá se realizar”, disse.

Três anos e meio depois do conflito mais sangrento na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, o exército russo ocupa aproximadamente 20% do território ucraniano, incluindo quase toda a região de Lugansk e grande parte da vizinha Donetsk, onde seu avanço se acelerou.

No campo de batalha, à medida que as hostilidades aumentam, com ataques fatais mútuos com drones. Nas primeiras horas desta segunda-feira (noite de domingo em Brasília), as autoridades ucranianas registraram 13 feridos em ataques russos contra as regiões de Kharkiv, no leste, e Sumy, no nordeste.

*Com informações da AFP
Publicado por Carol Santos

Leia também

Menu

Redes Sociais

Fale Conosco

Entre em contato com nosso time de especialistas, estamos prontos para te atender.